sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

POLITICAMENTE INCORRETOS


Cuidado com o que você fala; não diga exatamente o que pensa e nunca, nunca se posicione. Essa pode-se dizer, é a frase que rege o nosso sistema de comunicação atual. Quase como uma lei da física, esses conceitos tem invadido o imaginário popular de modo que qualquer sujeito que ouse ir contra está em queda livre, caindo em um grande abismo social.

Vivemos em uma sociedade pós-moderna e tecnológica, uma sociedade que deu um salto da “idade da pedra” para as cirurgias a laser, das carruagens de ferro para os ônibus espaciais, enfim, muitas das coisas ilustradas em filmes de Hollywood da época de nossos pais são completamente normais em nosso cotidiano, e a humanidade caminha para avanços ainda maiores. Entretanto, mesmo em meio a tanto crescimento há ainda comportamentos que se repetem de tempos em tempos, comportamentos dentre os membros de nossa sociedade os quais muitas vezes mudam de nome, mas que são tão antigos quanto à própria história.

Desde que o homem começou a escrever e também passou a se expressar, surgiram também aqueles que queriam controlar ou mensurar tudo o que era falado publicamente. Livros foram fiscalizados, filósofos e pensadores calados, profetas martirizados. Tudo para manter a “ordem”, ou a tranqüilidade e poder absoluto de uma minoria tirana.

O termo “politicamente correto” surgiu no meio editorial, na imprensa e na mídia há pouco tempo; trata-se de um conjunto de regras que impõe uma maneira correta de expressar publicamente a opinião de qualquer indivíduo, visando minimizar pensamentos ou opiniões raciais, religiosas, sexistas e etc. Trocando em miúdos ou em uma linguagem que qualquer um entenda, é o esforço para que ninguém se posicione contra um princípio ou uma ação com a qual não concorda. Esse conceito é muito recente na sociedade, no entanto vemos traços desse pensamento desde a invenção e popularização de imprensa em Gutenberg. Porém, o que antes era perseguição religiosa, depois ganhou o nome de censura e hoje se transformou no conceito do que é politicamente correto ou não.

Dessa forma, qualquer sujeito que compartilhe de uma opinião contrária à massa e a expresse de forma pública está sujeito a cair em um abismo de condenação popular, sendo assim, até mesmo nossas convicções religiosas estão ameaçadas, pois aquilo que consideramos pecado, se mencionado hoje é visto como intolerância.

A verdade é que o nosso inimigo tem tentado nos calar usando de forma sutil conceitos que ele mesmo estabeleceu na sociedade para nos lançar às margens dela. A vontade do diabo é que a Palavra de Deus pare de ser pregada, pois falar sobre castidade pré-casamento é visto como uma grande ignorância e fanatismo religioso, nos posicionarmos contra o homossexualismo, por exemplo, se tornou algo pejorativo e criminoso. Em suma, estamos sendo perseguidos e censurados com a desculpa de todo um conceito estabelecido em nossa sociedade moderna. 

Não estou aqui para promover preconceito e extremismo, tampouco seria a favor de atitudes violentas ou radicais contra quaisquer tipo de pessoas ou grupos de ordem religiosa ou filosófica, entretanto, percebo que a grande verdade é que vivemos na “contra mão” desse mundo e de seu sistema e no atual contexto, todos que vivem assim são taxados então de “politicamente incorretos”.

O fato é que nosso mestre avisou que seriamos perseguidos e injuriados por amor de Seu Nome e Sua Palavra, por isso, concluo que se nossa visão do mundo é contrária ao sistema por amor do Senhor; NÃO NOS ENVERGONHEMOS DISSO! 

Então que venham os rótulos e que nos tornemos controversos ou marginalizados, pois de toda a forma, sempre fomos considerados loucos mesmo! Portanto, se ganhamos um novo apelido perante a sociedade, que seja. Declaro que sou um “politicamente incorreto”, e o serei por amor ao Senhor enquanto eu viver.

Pr. Sami Castro

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