sexta-feira, 23 de março de 2012

A espera

Quando eu era adolescente minha mãe me falava que eu iria casar com meu primeiro namorado. Na época eu ainda sonhava com aquele amor perfeito que estaria por chegar, tudo era mais cor de rosa. Mesmo assim, eu respondia que ela não sabia do que estava falando. Que eu ia casar com quem eu quisesse e namorar com quem eu quisesse. Na verdade, eu não levava à sério nada daquilo que ela me dizia.

Naquela época eu tinha me afastado de Deus. Cada dia que passava eu estava mais parecida com minhas colegas e mais distante do que Deus tinha para mim. E foi só ladeira abaixo. Eu demorei muito mais que minhas amigas para beijar alguém, mas entrei na onda delas. Porém, tudo era muito passageiro e ninguém ficava tempo o suficiente para que eu considerasse aquilo um grande amor.

E ficar longe da presença de Deus é assim, a gente fica mais burro, mais bobo. As coisas eram divertidas, mas a diversão era passageira e, no final da noite, eu sempre ia para casa com o mesmo sentimento de vazio. Talvez isso não aconteça com você, talvez o mundo ainda te pareça muito atrativo. Mas confie em mim quando digo que nada disso é melhor que estar na presença de Deus.

Não estou me referindo ao ato de simplesmente ir para a igreja. Aliás, nós pensamos muito que só por cumprirmos esse ritual semanal estamos agradando a Deus. É quase como se Ele não fosse se importar se em vez de ficar com meninos da escola eu ficasse com meninos da igreja. Contanto que fossem da igreja. Como se eles fossem preencher o vazio do final do dia só porque frequentam a mesma igreja que eu.

Mas ninguém tem esse poder. Só Deus. E é dele que vocês têm que se encher durante a adolescência. Eu garanto que vocês ainda terão muito tempo para se apaixonarem e, aí sim, se divertirem bastante com o(a) escolhido(a) do Pai para vocês. Assim aconteceu comigo. Foi só quando eu tinha 22 anos de idade que fui namorar pela primeira vez. E esse meu namorado, de fato, se tornou meu esposo. Não foi do jeito que minha mãe esperava - por causa da minha rebeldia - mas acredito que foi da vontade de Deus.

Como o pastor Samuel falou domingo, santidade é um estilo de vida. Que ele seja também o seu. Afinal de contas, esperar não é ser sozinho e infeliz, mas guardar com fé o lugar ao seu lado para a pessoa certa sentar.

Beijos,
Gabi.

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